O ano de 2013 trará desafios ao setor automotivo, que este ano foi
beneficiado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), concedida em junho e prorrogada duas vezes pelo governo, a última
delas até 31 de dezembro. Os fabricantes e revendedores de veículos não
contarão mais com a desoneração - o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
afirmou que a prorrogação mais recente deverá ser a última - e
continuarão operando em um mercado com crédito mais restrito do que na
época da primeira redução do IPI, em 2009. Esse fator contribuiu para
mudar o perfil de quem adquire veículos, já que as financeiras fazem
mais exigências e a classe C não é mais a vedete do mercado.
Apesar da perspectiva menos favorável do que a atual, a Associação
Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) prevê que a comercialização
de veículos continuará crescendo. “Entendemos que o mercado reúne
condições de continuar em expansão”, afirmou a entidade por meio de nota
enviada à Agência Brasil.
Uma maneira de o setor automobilístico obter incentivos no ano que vem
será o novo regime automotivo, lançado no início de outubro pelo governo
e que entra em vigor a partir de janeiro de 2013. Para se habilitarem,
as empresas terão que se comprometer com uma série de metas, dentre elas
a redução de 12,08% no consumo de gasolina e etanol até 2017. Ao se
habilitarem ao programa, as empresas conseguirão crédito presumido do
IPI de até 30 pontos percentuais. Na verdade, as empresas que assumirem
as metas vão escapar do aumento de IPI de 30 pontos percentuais,
definido pelo governo no ano passado para as indústrias que não
apresentarem índices mínimos de conteúdo local na produção.
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